segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Aparato Morin-Atwood

Postado por Hiram Zaleski Moreira


  1. Experimento com lentes plano concava e plano convexa 




    Postado por Hiram Zaleski Moreira

     

O Pêndulo de Foucault


Uma breve história do pêndulo de Foucault.

Um dos experimentos mais famosos de Foucault, no entanto, é admirável até hoje por sua simplicidade: ele demonstrou experimentalmente que a Terra gira! Evidentemente, isso já não era posto em dúvida desde Galileu, mas tal movimento havia sido apenas deduzido, não demonstrado. Foucault simplesmente construiu um pêndulo e fê-lo manter-se oscilando. Com o passar das horas, o plano de oscilação própria do pêndulo parecia deslocar-se. Na verdade ocorria o contrário: a base, a superfície da Terra, é que se movia sob ele. Nos polos, o pêndulo de Foucault faz uma volta completa em um dia. Em uma cidade como São Paulo, situada à latitude de 20º 30', em 24 h o pêndulo gira apenas de 144º.
Hoje, o pêndulo de Foucault serve principalmente no estudo da física experimental e como curiosidade, sendo montado em lugares especialmente preparados. Sua construção é extraordinariamente simples, sendo que toda a evolução que recebeu a partir da concepção original de Foucault consiste apenas em melhoramentos superficiais. Uma das modificações foi a introdução de um sistema de excitação, destinado a fornecer, de tempos em tempos, a energia que o pêndulo perde em cada ciclo para vencer a resistência do ar, e também o atrito que o cabo de suspensão encontra ao flexionar-se. Geralmente, seu comprimento é muito grande, e isso tem uma razão: quanto maior o comprimento do pêndulo, tanto menor é o número de oscilações que ele executa por segundo. Em outras palavras, sua velocidade e a consequente resistência do ar são menores. A massa do corpo suspenso não influi no período; é conveniente, contudo, que ela seja razoavelmente elevada para que o fio de suspensão se mantenha sempre firmemente esticado. O formato do corpo deve ser esférico, o que garante melhor estabilidade. Para marcar o movimento de rotação, Foucault empregou um quadrante, sobre o qual estava montado o pêndulo. Montagens mais fáceis empregam um prato contendo areia, no qual uma agulha presa à parte inferior do corpo traça linhas, à medida que o pêndulo oscila e muda de plano de oscilação. Não é um processo muito recomendável, uma vez que, para cavar a areia, o pêndulo despende energia, à custa do movimento. Todavia se o comprimento do pêndulo e a massa de corpo suspenso forem suficientemente grandes, essa perda de energia é mínima e não chega a comprometer o processo. O pêndulo, então, pode manter-se oscilando, podendo o movimento durar até alguns dias.  Os cálculos teóricos podem prever qual será exatamente o desenho resultante.

Descrição

     O instrumento consiste em um arco que gira em volta do plano de um pendulo preso na parte superior deste arco. O arco faz referência ao planeta Terra que gira periodicamente em torno de seu próprio eixo de um jeito que não influencie no plano de oscilação do pendulo.

Materiais

- Um pedaço de aproximadamente 8x1,5x40(cm),  de Madeira MDF
- Um pedaço de madeira bruta com 5x5x10(cm).
- Uma tira de chapa de ferro com 5x100(cm).
- Dois parafusos cabeça chata
- Um  parafuso 4 cm
- Pedaço de fio dental
- Uma chumbada grande de pesca
- Ferramentas

Montagem

     Pegue a tira de ferro e faça quatro furos com uma broca de 2,5 mm nas extremidades. Faça um arco fixando as extremidades uma na outra no pedaço menor de madeira bruta. Feito isso, faça um furo no meio da madeira MDF e fixe o conjunto madeira bruta e arco nessa madeira MDF que servirá como base do sistema. Faça um furo no polo superior do arco e amarre a chumbada usando o fio dental.


Imagens do pêndulo construído:







Postado por:

Dayson de Mello Silva

Trabalho feito por:

Hiram Zaleski e Dayson de Mello Silva


Referências
http://www.geocities.ws/saladefisica9/biografias/foucault.html

O Aparelho de Morin


Uma breve história do aparelho de Morin

Um dos grandes problemas enfrentados por Galileu na época em que determinou que a distância percorrida por um corpo em queda livre é proporcional ao tempo ao quadrado, foi o de medida do tempo, já que os tempos de queda eram muito curtos. O “problema de  medida de Galileu” só foi resolvido em definitivo na segunda metade do século XIX, quando um general francês, professor do Conservatório de Artes e Ofícios de Paris, Jules Morin, constrói uma máquina que permite o registro gráfico imediato para um corpo em queda livre. O aparelho que leva o nome de “Aparelho de Morin” consiste de um cilindro girante(a velocidade constante), com uma folha de papel gráfico afixado a ele, no qual se encontra um peso(um tronco de cone munido de uma caneta) bastante próximo a ele e guiado por duas guias de arame.


Descrição

    O aparelho desenvolvido neste trabalho é um mesclado entre a máquina de Atwood e o aparelho de Morin. Um pouco diferente do aparelho de Morin, este aparato opera com um cilindro na horizontal ligado a um peso que é acelerado apenas pela gravidade.

Materiais

     Os materiais usados podem ser encontrados em marcenarias, depósitos de materiais para construção, ferro velho e lojas de ferragens e rolamentos.

  1 - Madeiras em MDF.
  2   - Tubo de PVC 5”
  3   - Tampas na mesma medida do tubo
  4   -  Um pedaço pequena de chapa galvanizada.
  5 - Pequenos rolamentos
  6 - Um eixo roscado
  7 - Porcas e rodelas
  8 - Parafusos de vários tamanhos.
  9 - Uma pequena polia.
  11 -  Cordão.
  11 - Dois Pesos.
  11 - Parafuso cabeça de gancho.
  11 - Ferramentas


Montagem

     Primeiramente monte o cilindro usando o cano e as tampas de PVC. Corte o cano com aproximadamente 70cm e fixe as tampas nas suas extremidades. Corte a barra roscada com aproximadamente 100cm, faça um furo no centro de cada tampa ou seja nas extremidades do cilindro. Atravesse o cilindro com essa barra e fixe-o no centro da barra usando as rodelas e parafusos. Em seguida monte a base que irá dar suporte para o sistema usando as madeiras de MDF. Monte o suporte na forma de um H, de modo que o cilindro caiba na parte superior desta armação em forma de H. Na sequencia, fure com uma broca da mesma espessura da barra roscada a parte de cima de modo que o eixo do cilindro atravesse a armação. Fixe os rolamentos nas extremidades onde o eixo entra em contato com a madeira, assim alivia o atrito. Feito isso, parafuse uma madeira desde uma extremidade na parte superior da armação, até a outra extremidade, confinando o cilindro dentro da armação. Esta madeira deve ser um pouco mais comprida de forma a dar suporte para a roldana. Esta roldana deve ser acoplada ao sistema por dois ganchos, aqueles parafusos com cabeça de gancho. O eixo que atravessa a roldana é feito com a sobra da barra roscada usada pra fazer o eixo do cilindro. No outro lado, na parte oposta onde você fixou a roldana, vai sobrar um pedaço do eixo, nessa parte do eixo é que fixamos a placa de chapa galvanizada. A função da chapa é manter uma velocidade constante, pois ela irá atritar com o ar. Na outra ponta do eixo, embaixo na roldana, fixe um pequeno cilindro de plástico na ponta do eixo, ou seja, na extremidade da barra roscada. Enrole um barbante nesse cilindro, e na ponta fixe um peso, é este peso que com a força da gravidade irá desenrolar o barbante e consequentemente acelerar o cilindro. Por fim, atravessem na parte superior da armação, um pouco acima do cilindro duas vias de fios, elas irão servir de trilho para o carrinho que fixamos o lápis que fará o gráfico. Este carrinho é feito com um pedaço de madeira e também é animado pela gravidade. Neste carrinho fazemos dois furos por onde passaram os trilhos feitos de fio. Fazemos outro furo no meio do carrinho e perpendicularmente ao trilho pra fixarmos o lápis.

Imagens do aparelho montado:


                                                                                       




Referências
http://www.fsc.ufsc.br/cbef/port/09-3/artpdf/a3.pdf - artigo do Professor Dr. Marcos César Danhoni Neves.

http://www.pet.dfi.uem.br/expofisica/aparelhodemorin.html



Postado por:

Dayson de Mello Silva

Trabalho realizado por:

Hiram Zaleski e Dayson de Mello Silva

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Espectroscópio


O experimento a seguir é do ramo da espectroscopia da luz. Para entender o funcionamento desse instrumento, é necessária a compreensão de alguns conceitos físicos de antemão.

O primeiro deles, difração, o que é?

Difração é um fenômeno que ocorre com as ondas quando elas passam por um orifício ou contornam um objeto cuja dimensão é da mesma ordem de grandeza que o seu comprimento de onda. Como este desvio na trajetória da onda, depende diretamente do comprimento de onda, este fenômeno é usado para dividir, em seus componentes, ondas vindas de fontes que produzem vários comprimentos de onda.

Para a luz visível, usa-se uma rede de difração, formada por uma superfície refletiva ou transparente em que se marcam vários sulcos, bem próximos uns dos outros. Exemplos destas redes e suas propriedades: quando se olha um tecido de trama fina contra uma lâmpada distante, quando olhamos o reflexo num CD ou quando olhamos a Lua através de uma nuvem, vemos faixas ou halos coloridos, devido à difração da luz por pequenos obstáculos (a trama, os sulcos do CD ou as gotículas de água na nuvem).

A difração, como dito acima, está relacionada com a interação de uma onda com um obstáculo, ou então quando encontra um orifício através do qual possa atravessar um obstáculo.

A onda então, ao contornar ou atravessar um obstáculo, toma diferentes caminhos (diferentes trajetórias), cujos comprimentos totais podem variar. 

O segundo conceito, dispersão, o que é?

 Dispersão na ótica é o fenômeno que causa a separação de uma onda em várias componentes espectrais com diferentes frequências. Devido à dependência da velocidade da onda com sua frequência, ao se mudar a densidade do meio, ondas de diferentes frequências irão tomar diversos ângulos na refração.

Em geral, o índice de refração é uma função da freqüência, ou alternativamente, com respeito ao comprimento de onda. O comprimento de onda depende do índice de refração do material de acordo com a fórmula. O efeito mais freqüentemente visto da dispersão é a separação da luz branca no espectro de luz por um prisma.

Como um prisma é mais denso que o ambiente, para cada freqüência há um ângulo de refração diferente, como a cor branca é uma composição de todas as cores, ou a sobreposição de várias ondas de diferentes frequências, se dá a dispersão separando cada uma dessas frequências por um ângulo de refração diferente.

No nosso instrumento de trabalho, queríamos fazer algo simples que pudéssemos ver esses efeitos da difração e da dispersão da luz.

Fazer uma fenda ou um instrumento de desvio é simples, porém o prisma exige um pouco mais de trabalho. Para isso, no lugar do prisma, utilizamos um CD. Mas, por que um CD?

Sabemos que o CD é uma rede de difração e esse dispositivo ótico consiste em uma superfície com um grande número de ranhuras muito estreitas e comprimidas umas nas outras. Por um processo que é descrito nos livros-texto de Ótica, ao passar ou ser refletida por essas ranhuras, a luz se dispersa em suas cores componentes.

As trilhas do CD onde os sons estão codificados, são muito estreitas e comprimidas, como as ranhuras da rede de difração. É exatamente por isso que o CD apresenta cores tão vívidas quando reflete a luz em certos ângulos.

Podemos usar o CD para dispersar a luz proveniente de diversas fontes e observar diferentes tipos de espectro. A fonte mais natural é a luz solar, que se dispersa nas cores visíveis, as cores do arco-íris, no entanto, normalmente utiliza-se a luz de uma lâmpada para a realização do experimento.

Descrição do experimento.

A construção desse experimento é muito fácil. Para realizá-la deve-se pegar um tubo quadrado (prisma quadrangular) e em uma de suas bases fazer uma fenda como na figura a seguir.

Figura  1: Fenda em uma das faces do prisma quadrangular
Na outra base, deve ser feita um orifício por onde se analisará o espectro da luz. Nessa mesma base, um pedaço de lâmina de CD deve ser colocado na frente do orifício para que ocorra a dispersão da luz.

Figura 2: Orifício na face oposta a fenda.

Tudo deve ser vedado utilizando uma fita Kraft. E somente a fenda e o pequeno orifício ficarão abertos.

Figura 3: Tudo vedado.

Depois de pronto aponte o tubo para uma luz que passe exatamente pela fenda.

Figura 4: Pessoa usando o experimento.

A imagem observada dentro do tubo será parecida com essa:

Figura 5: Imagem observada no interior do tubo.

Ali estão os espectros da luz! E aquela luz lá no fundo é a fenda.

Bom, é isso.

Divirtam-se!

Postado por: Fábio Viudes.






Como medir a espessura de um fio de cabelo utilizando um laser


Utilizaremos um processo bem simples, é um processo conhecido por interferência de onda. 

Utilizar um laser é a forma de conseguir um baixo erro experimental, por se tratar de uma fonte de luz que além de conhecermos seu comprimento de onda, também sabemos que seus fótons viajarão em linha reta, tendo como possível a realização do experimento de dupla fenda.

O procedimento descrito permitirá calcular o diâmetro de um fio de cabelo, nylon, cobre ou outro que você desejar. O ideal são fios de menos de 0,5 mm de diâmetro, já que fios mais espessos produzem espectros de difração difíceis de se tratar em laboratório.

No experimento será necessário:

_ Um laser de comprimento de onda conhecido. 
_ Um fio de cabelo (preferencialmente)
_ Uma fita adesiva grossa
_ Uma trena
_ Uma régua

Posicione o laser de forma que o feixe incida no fio de cabelo paralelamente ao plano da mesa. Você observará diversos pontos claros na parede; os mínimos são as regiões escuras entre um máximo e o seguinte.

Você encontrara uma situação parecida com a da figura:

Figura 1: Simulação da situação experimental.

Meça a distância entre o fio e o ponto central do laser (x), meça as distancias entre os mínimos para obter uma média (y). Para calcular utilize a formula para encontrar a espessura do fio de cabelo (e).


Esta letra grega representa o valor do comprimento de onda da luz do laser.





Teremos então a medida do fio de cabelo, que é, em média, em torno de 50 a 80 milésimos de milímetros. 



Postado por: Ghiovani Zanzotti Raniero
                          Thiago V. M. Guimarães

Lentes


Lentes são instrumentos de ampla utilização, cuja intenção é desviar raios de luz. Sua forma e seu índice de refração determinarão o comportamento desta, que, em geral, é apenas determinado por seu formato, pois seu índice de refração, na grande maioria dos casos, é maior do que o ar - ambiente em que a lente geralmente está imersa.

Fizemos nossas lentes com um polietileno parecido com o material usado nas garrafas pet. As formas são bem simples e temos 6 tipos de lentes usando planos, convexos e côncavos. Essas formas são a simples junção das 3 formas:

Figura 1: Tipos de lentes que podem ser construídas.

Figura 2: Lente plano-côncava


Nesta figura 2 temos uma lente plano-côncava, que foi a junção de uma superfície de pet côncava e uma plana onde podemos notar as reflexões de raios de luz.

Fizemos cada uma das lentes possíveis com o material descrito acima.

Na imagem abaixo temos mais um exemplo: uma lente plano-convexa.



Figura 3: Lente plano-convexa.

Podemos usar tais lentes para ensinar os efeitos físicos da luz e também quais lentes serviriam para cada tipo de correção de problemas visuais.







Postado por: Ghiovani Zanzotti Raniero
                     Thiago V. M. Gumarães

ESPECTROSCÓPIO


  Um espectroscópio é um instrumento destinado a separar os diferentes componentes de um espectro óptico. Constitui-se essencialmente de uma fresta situada no plano focal de um colimador, um prisma ou rede de difração e um anteparo (tela) onde se projeta (imagem real) o feixe dispersado.
A difração é um fenômeno que ocorre com as ondas quando elas passam por um orifício ou contornam um objeto cuja dimensão é da mesma ordem de grandeza (ou seja, os seus valores são aproximados, tais como o 8 e o 10) que o seu comprimento de onda. Como este desvio na trajetória da onda, ausado pela difração, depende diretamente do comprimento de onda, este fenômeno é usado para dividir, em seus componentes, ondas vindas de fontes que produzem vários comprimentos de onda (Luz Branca).


Construção de um espectroscópio simples


  Nessa parte experimental será descrita os procedimentos para a montagem de um espectroscópio muito simples e econômico. Seu poder separador se baseia no fenômeno de difração produzido, neste caso, por 'espelhinhos' microscópicos para a leitura do laser em um disco compacto (CD) ou de uma grade de difração. Em um CD típico há 1000 pontos de difração para cada milímetro do disco, o que permite separar muito bem as cores elementares.


Materiais utilizados

Uma cartolina para modelação de uma caixa retangular.
Um CD (compact-disc o CD-rom) não mais utilizado, ou uma grade de difração.
Tesoura.
Fita adesiva.


Montagem

  Inicialmente partir o CD em vários pedaços para facilitar a retirada da película que servirá como uma rede de difração, ou corte um pedaço de 1cm x 1cm da grade de difração. Cortar a cartolina com dimensões aproximadas a da Fig. 2, para a construção de uma caixa retangular. A seguir, cuidadosamente com uma tesoura ou lâmina protegida, abrir uma pequena janela em uma extremidade da caixa, e na outra um orifício onde ficará a película do CD.
Figura 1 - Montagem da caixa do espectroscópio.

Abaixo na Fig. 2 é ilustrado um exemplar de um espectroscópio pronto.

Figura 2 - Espectroscópio. (a) Face onde fica a grade de difração; (b) face onde fica a
fenda para a entrada da luz. Fonte: fotos feitas pelo autor.


Procedimento de uso

  Pegue seu espectroscópio e oriente-o para a luz proveniente, por exemplo, de uma lâmpada incandescente comum. O que será observado será algo parecido como observado na Fig. 3.

Figura 3 - Espectro observado em um espectroscópio simples. Fonte: fotos feitas pelo
autor.

Postado por:  Ricardo do Monte
                     André Kogempa Cavalcanti
                     Márcio Anicete







quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Pêndulo de Foucault

       A ideia de que a Terra girava em torno do Sol levou Giordano Bruno a fogueira e ameaçou vários outros pensadores simpáticos a ele a esse mesmo fim, sendo um deles foi Galileu, que escapou por renunciar ao que de fato acreditava ser verdade. Porém apesar de a ideia amplamente aceita e até mesmo obvia hoje em dia, houve grande dificuldade em de fato se provar e se medir isso. Uma das formas foi encontrada pelo o astrônomo francês Jean Bernard Leon Foucault, a partir de uma simples experiência capaz de demonstrar a rotação da terra. Com uma corda de 67 metros, fixa no teto do Panteon de Paris, ele suspendeu uma esfera de ferro de 28 kg e imprimiu-lhe um movimento pendular. Aos poucos o plano do pêndulo passou a apresentar certa rotação no sentido horário, que é facilmente explicado pela suposição de que a terra gira em torno de seu eixo.

Figura 1: O Pêndulo de Foucalt.


       A Construção do Pêndulo:

Para um maior detalhamento do processo de confecção do modelo didático do Pêndulo de Foucalt nós vamos dividi-lo em duas partes: pêndulo e base. Abaixo especificamos os materiais necessários para a confecção de ambas as partes.

Pêndulo:

                 01 esfera de isopor de 25 cm de raio;
                 01 anel metálico;
                 01 rosa dos ventos impressa em papel sulfite;
                 01 peso para servir de pêndulo;
                 50cm de barbante;
                 Fio para o pêndulo;
                 Serra para cortar o isopor;
                 Cola quente;
                 Espetos de churrasco;
                 Tinta guache;
                 Cola;
Pincel;

Base:

                 1 – suporte para fixa-lo de modo que possa girar livremente.
  
Montagem do Pêndulo
  
Primeiro pegamos metade da esfera de isopor (esferas de isopor desse tamanho geralmente são ocas e já vêm divididas ao meio) e marcamos onde cortaríamos, tomando cuidado para que as extremidades do corte ficassem a mesma distância da borda de semiesfera e então fizemos um corte de modo que o anel encaixasse sem folga no corte e ficasse perpendicular com o plano do topo da esfera e então preenchemos o corte com cola quente e esperamos secar.
Após isto nós utilizamos dois pedaços de madeira pequenos (tipo espetos de churrasco) para prender o anel por dentro da esfera de modo que ele não se movesse horizontalmente.
Depois desta etapa nós utilizamos a tinta guache e o pincel para pintarmos a esfera e depois da tinta seca foi colada a rosa dos ventos sobre a parte da esfera onde o anel estava preso, com o centro da mesma coincidindo com o centro da esfera.
Prendemos o peso com o fio e o amarramos no anel, sobre o centro da esfera, de modo que ele ficasse preso em um único ponto. Em seguida, pegamos o barbante a amarramos as duas pontas simetricamente, (uma de cada lado) ao ponto onde o pêndulo estava preso.
Com isso nosso pêndulo estava pronto.
 Na imagem a baixo é possível ver um pêndulo de Foucault que confeccionamos , nesse caso foi preso ao arco um pedaço de barbante que ao ser torcido produzia por um breve espaço tempo o movimento de rotação adequado e no vídeo disponível neste link é possível ver o pêndulo em funcionamento:

Figura 2: Pêndulo confeccionado

Postado por: Thiago V. M. Guimarães
                     Ghiovani Zanzotti Raniero



Aparelho de Morin


Ao estudar a razão da queda dos corpos Galileu se deparou com a impossibilidade de mensurar o tempo de queda de um corpo em queda livre. Essa impossibilidade se dava pelo simples fato de não haverem instrumentos adequados para a medida do tempo de queda, para tanto Galileu teve a engenhosa ideia de diluir o tempo de queda de uma massa utilizando um plano inclinado. 
Na segunda metade do século XIX surge uma solução mecânica para a problemática de Galileu. O general Jules Morin, da Escola de Metz, em Paris, cria uma máquina que permite descrever com boa precisão o movimento de um corpo nem queda livre a partir de um registro gráfico. Tal máquina cinemática recebeu o nome de "aparelho de Morin". O aparelho consiste de um cilindro girante com velocidade angular constante (garantido por um sistema de peso e compensador de aceleração - aletas girantes), de onde se solta um corpo, um tronco de cone de bronze, preso por guias verticais de arames, garantindo a queda livre em linha reta (sem oscilação). Este tronco de cone é munido de uma caneta ou lápis para fazer o registro gráfico sobre uma folha de papel gráfico colada no cilindro que gira. Tal aparelho substitui de forma excelente o plano inclinado, permitindo a verificação direta das equações da cinemática.
Montagem:
O aparelho de Morin apresenta uma montagem simples, podendo ser confeccionado com materiais de baixo custo obtidos em lojas de materiais de construção ou resto de madeireiras.
Os materiais utilizados são:
4 – Placas de madeira, duas para as laterais que devem ter 90cm de diâmetro e largura entre 15 e 30 cm, duas placas para base com largura de 30 cm e comprimento de 60cm.
2 – Rolamentos
1 – Barra de rosca de 1m
1 – Cano de PVC com tampa
1 – Chapa de ferro
6 – Polcas
1 – Massa
8 – Parafusos
1 – Caneta
1 – Quadrado pequeno de madeira
1m – Barbante
      – arame

Um vislumbre gráfico do aparelho de Morin seria:

Figura 1: Esquema do Aparelho de Morin

Considerando a montagem por partes, começaremos pelo suporte.

Montagem do suporte superior e inferior deve ser feita como na imagem:

Figura 2: Esquema dos suportes


Para a fixação basta usar o parafuso e montar o suporte da seguinte forma:

Figura 3: Esquema do suporte pronto.


O Próximo passo é monte o cilindro e encaixá-lo no suporte, para fazer isso basta furar o centro de ambas as tampas e passar a barra com rosca fixando-a com as polcas.
Para fazer o suporte para a caneta, basta furar o pequeno pedaço de madeira (10x5x1) como na imagem, e transpassar os arames:


Figura 4: Suporte para a caneta (corpo que cairá)

É importante ressaltar que os buracos 1 e 2 deve ser bem mais largos que os arames. Após a confecção basta fixá-lo ao suporte da seguinte maneira:

Figura 5: Fixação do suporte no aparelho.


O bloco de madeira deve cair em queda livre enquanto o cilindro gira, a medida que o bloquinho cai, a caneta fixada a ele risca uma folha de papel que está fixada ao cano de PVC. Porém para que isso seja possível nos falta agora criar um mecanismo que faça o cano girar com velocidade uniforme, para isso basta enrolar o fio de barbante no parafuso e fixá-lo a massa, é aconselhável utilizar uma roldana na borda da lateral da plataforma superior, para impedir que a massa desça de forma acelerada é preso ao topo da barra rosqueada um dissipador, que nada mais do que é uma hélice feita com a chapa de ferro. A montagem final fica igual ao mostrado na figura 1.
O Aparelho de Morin que confeccionamos foi o seguinte:

Figura 6: Aparelho de Morin confeccionado.


O Aparelho de Morin representa uma opção muito didática para se trabalhar a cinemática da queda livre. Uma vez que ele traça o gráfico, espaço por tempo, esperado para a queda livre de um corpo, sem a necessidade de fazer um plano inclinado e mensurar repetidas vezes a posição e o tempo do corpo.



Postado por: Thiago V. M. Guimarães
                     Ghiovani Zanzotti Raniero